Muquirana - Será que sou um?

"Desliga o rádio relógio moleque, você não vê as horas enquanto dorme. São 2 centavos por hora." (JULIUS)


Quem acompanha ou a acompanhava o seriado Todo mundo Odeia o Chris (Everybody Hates Chris)  deve conhecer bem  o personagem Julius e suas peculiaridades.
Julius um pai de família, que tem dois empregos para poder sustentar seus 3 filhos e sua mulher Rochelle, uma pobre soberba que esquece que mora no Brooklyn.
Todos os personagens têm suas particularidades especiais que fazem desse programa uma verdadeira graça.
 Mas JULIUS é o pai dedicado e extremamente muquirana.

A arte da “muquiranagem” atinge milhões de brasileiros, eu, por exemplo, sou uma muquirana mesmo, tenho pena do meu suado dinheirinho, gasto o mínimo que posso, levo comida na bolsa para não ter que comprar na rua, e sempre ando de cabeça baixa – não por baixa auto-estima, e sim para procurar dinheiro perdido.

Julius vai muito além da minha “muquiranagem”, ele junta cada ticket alimentação possível e vai às compras, ele controla cada centavo de energia consumida, cada centavo de alimentos consumidos, ele compra produtos falsos com o vendedor ambulante "Perigo", e controla até sola de sapato, você acredita? Pois pode acreditar.

Essa síndrome do Julius já pode ser considerada uma patologia. O jornal francês Le Monde  publicou um artigo falando sobre esse distúrbio, que também é conhecido por TOC.
O estudo revela o seguinte: o pão-duro crônico e radical, o muquirana despudorado e incorrigível, ele pode sofrer de uma doença psiquiátrica séria, importante, um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) chamado popularmente de Síndrome do Tio Patinhas.

O TOC, ou DOC (distúrbio obsessivo-compulsivo) é um transtorno de ansiedade que leva a pessoa a ter comportamentos estranhos, manias e atitudes irracionais e incontroláveis relacionadas a temas como saúde, higiene, organização, simetria e busca da perfeição

Chegou o momento para rever os meus conceitos sobre a “muquiranagem” com a ajuda do portal R7, que classificou os sintomas do pão-duro, vale a pena você conferir e rever seus conceitos também:

"1)Poupança eterna, radical e sem objetivo - O camarada não tem uma meta. Não quer comprar um carro, um computador ou uma casa. Faz questão de tudo, recolhe tudo e guarda qualquer centavo, desde sempre, com justificativas emocionais de que não se deve desperdiçar nunca e de que todo mundo - todo mundo mesmo - é gastador, perdulário. O único no planeta econômico e, portanto, equilibrado, é - claro - ele. A régua do mundo está incorreta. A dele não.
2) Mesquinharia ao propor como usar - O elemento chega ao ponto de fazer coisas como dividir palito de fósforo na vertical, para um virar dois, e levar aquela colher e meia de sopa de arroz que sobrou no restaurante. É também daqueles que recolhem e guardam qualquer embalagem ou tralha improvável com a desculpa de que um dia vão precisar daquilo.
3) Mesquinharia ao propor como pagar - Se você pegou uma banda do pão na chapa deste amigo, não se espante se ele solicitar a você que divida também o pagamento do comovente pãozinho. É ainda aquele sujeito que nunca - nunca - encontra um motivo emocional para pagar a maior parte ou mesmo toda a conta quando sai com um amigo ou mesmo com a namorada de quem já ficou íntimo. Não existe emoção que tire desse cidadão as algemas do pragmatismo na hora do pagamento das contas.
4) Ele “erra” sempre a seu próprio favor - É também aquele sujeito que sempre - sempre mesmo - deixa na mesa exatamente o que consumiu. Ou o que ele acha que consumiu, a rigor também sempre - sempre mesmo - menos do que ele efetivamente gastou. O oposto radical e diametral do mão aberta. Neste quesito há também o famoso aba, aquele amigo malandro que tem recurso mas gosta, por falha de caráter, de viver às suas custas, pendurado no seu chapéu. O pão-duro patológico até pode ser também um salafrário destes, cujo tipo você também conhece bem. Mas os dois - o mau caráter calculista e o doente de TOC - existem e são coisas diferentes.
5) Tô nem aí para o constrangimento - Quem sofre da Síndrome do Tio Patinhas já não está mais nem aí para o constrangimento que cria entre os amigos, as caras feias na mesa à hora do pagamento da conta, a reclamação da mulher, do marido, do filho, da namorada, do namorado. O camarada prefere sempre a economia de uns trocados de forma muquirana. Mesmo que isso implique na fama terrível de mal-intencionado, nas saia-justas justas que sempre acompanham essas situações e na fuga dos amigos que tiverem de dividir algo com ele."
Fonte: Portal R7

E agora José? Eu me encaixo entre um dos sintomas citados, o quê faço?

Se você faz pelo menos uma coisa muquirana da lista, você é um muquirana saudável, como por exemplo: economizar comprando o mais baratinho em supermecados, restaurantes, lanchonetes, ir no cinema no dia mais barato, andar com comida na bolsa (eu, rsrs), reaproveitar copos e embalagens (Mas olha lá que tipo de embalagem, heim! Copos de vidros e até alguns de plástico resistentente ainda vai!), enfim, ser pão duro apenas com o "aceitável", sabe?! Poupar o dinheirinho sempre é bom, e quem não tem muito dinheirinho (eu), ser muquirana nessas coisinhas aí nunca é demais!
Agora se seu nível de pão duro ultrapassa todos os limites acima, procure ajuda de um profissional, não seja muquirana na hora de escolher o profissional que vai te ajudar. Após o tratamento você se sentirá mais livre e sem aquele peso na consciência em relação ao dinheiro, sua saúde mental vale ouro.

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